As audiências de instrução e julgamento com os envolvidos nos crimes apurados pela ‘Operação Xeque-Mate’ teve sequência, nesta terça-feira (9), com o interrogatório ao ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana, apontado como um dos cabeças da organização criminosa investigada na Cidade Portuária. Em depoimento ao juiz Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, da 1ª Vara da Comarca de Cabedelo, Viana contou os detalhes da articulação que antecedeu a compra do mandato do seu antecessor, o ex-prefeito Luceninha, e sobre a participação de outros envolvidos.   

Leto Viana afirmou que o esquema de corrupção em Cabedelo ocorria desde o ano de 2007, na gestão do então prefeito José Régis. Ele também negou a função de líder da organização criminosa que operou no município antes e durante a sua gestão, e acusou o ex-assessor Olívio Oliveira, o comunicador Fabiano Gomes e o ex-vereador Lucas Santino de articularem junto ao empresário Roberto Santiago a compra do mandato de Luceninha.

O ex-prefeito ainda afirmou que aceitou entrar no suposto esquema por amizade a Roberto Santiago, que também se encontra preso, acusado de participação no esquema criminoso. Ele revelou sem provas os detalhes da participação do empresário na contratação de uma empresa de lixo que presta serviços à Prefeitura de Cabedelo, e também sem provas no recebimento de vantagens indevidas usando o nome da gestão.

DEFESA DE SANTIAGO NEGA

Em contato com o Portal WSCOM nesta terça-feira, os advogados do empresário Roberto Santiago disseram que as afirmações do ex-prefeito são improcedentes, uma vez que não existem provas no depoimento, bem como nos autos, que comprovem a participação do empresário na organização criminosa em Cabedelo.

Ainda segundo a defesa, Santiago se mantém seguro de que tudo será esclarecido e que ficará comprovada a sua não participação nos crimes investigados pela ‘Operação Xeque-Mate’.

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Portal WSCOM