Política

Blog de Walter Santos decifra histórico, realidade e futuro das lideranças da Paraíba; confira


29/01/2019

Jornalista e analista político Walter Santos

No Caldeirão dos Mitos, como irão sobreviver projetos e personalidades na direção do futuro?

Independentemente do presidente Jair Bolsonaro, que se recupera de cirurgia exitosa no Hospital Alberto Einstein, como vivem e estão nas escalas de valores os nossos mitos tupiniquins, do tipo João Azevêdo, Luciano Cartaxo, Ricardo Coutinho, José Maranhão, Cássio Cunha Lima, Veneziano Vital, Daniela Ribeiro, Gervásio Maia, etc?

 

A pergunta mais precisa e necessária neste momento é: que futuro eles têm até 2020?

 

A REALIDADE NOSSA DE CADA DIA

Pelo tempo ocupado nesta segunda-feira, 28, na Rádio Tabajara, o governador João Azevêdo, hoje o maior personagem do Estado, deu demonstração de quem está com domínio do jogo, está produzindo ações proativas de resultados e é aliado tinindo de bem com o ex, Ricardo Coutinho.

 

João Azevêdo falou em contratar novos policiais aprovados e, num futuro próximo, com mais professores, energia barata para quem precisa, revisão das barragens, mais 54 escolas em tempo integral, negociação com precatórios etc., tudo que nenhum estado do Sul e Sudeste está anunciando proporcionalmente.

 

Mais do que projetos, João se mostra alinhado com a ideologia da inclusão social e da tolerância. É uma revelação no atual contexto nacional.

 

OS MOVIMENTOS DE LUCIANO

É o único com visibilidade e perspectiva de liderar a Oposição fragmentada e perdida, sem saber o que fazer. O máximo que existe é um movimento na oposição querendo fazer barulho sem poder. Só um milagre (chama-se traição) a tal possibilidade.

 

Luciano resolveu prestigiar o indoor. Deixou para segundo plano os partidos chamados de oposição. Até hoje não sentou com presidente do PSDB, Ruy Carneiro e eleito Deputado Federal.

 

Os tucanos foram tratados como segundo classe, tanto que o ex-presidente Marcos Vinicius deixou o partido. São muitos desencontros acumulados.

 

No fundo, Luciano sobrevive do projeto BID de U$ 100 milhões e das obras medianas. Não agregou nenhuma grande liderança.

 

ZÉ MARANHÃO, CÁSSIO…

O senador ainda vive forte mas sem saber o que fazer depois da derrota de 2018. Discursava sobre inovação e parou de fazê-lo. Este descompasso o envelhece no processo político, o mesmo procedimento vitimou Cássio Cunha Lima por suas contradições entre teoria e prática.

 

O fato é que Maranhão está perdendo oportunidades nesse sanduíche político entre Bolsonaro e o fiasco do retrocesso das políticas as quais está ideologicamente aliado.

 

Como maior líder histórico da Oposição, ele se encolhe ao não saber usar esse acervo.

 

Quanto a Cássio está longe de tudo, morando em Brasília, distante de suas bases aliadas.

 

Já Ruy Carneiro é mera esperança diante de um partido despedaçado com possível saída do prefeito de Campina, Romero Rodrigues, que não aceita sua liderança, embora o parlamentar seja mais habilidoso.

 

Romero queria ser Cássio, Ronaldo ou até Veneziano mas não é nada disso. Sequer Ruy Carneiro.

 

VENEZIANO, DANIELA, GERVÁSIO...

São três promessas mas tudo vai depender dos próximos tempos. Agora é cada um por si, sem esquemas de reforço, exceto suas conhecidas bases.
Veneziano ainda vive o efeito da eleição, nem colocou os pés no chão e demonstra indelicadezas com aliados, mesmo sendo fenômeno e quadro de futuro.

 

Daniela sumiu depois de eleita e se prepara para ser um quadro de valor para o Governo, no mínimo para Campina Grande. Depende dela.

 

Gervásio Maia ainda não está enquadrado no difícil tabuleiro de poder em Brasília. Não saiu da ALPB, e tem muito o que aprender do stablishment nacional. Seu futuro dependerá de sua coerência dos projetos que conseguir aprovar.

 

RICARDO COUTINHO ALÉM MAR

Os primeiros passos do ex-governador demonstram que pretende ter uma inserção nacional, pois é o presidente da Fundação João Mangabeira, do PSB. Inquieto começa a sua nova fase liderando com outras fundações o OBSERVATÓRIO DA DEMOCRACIA.

 

É ação além Brasil, embora o foco seja o País, trazendo à baila muitos projetos de repercussão nacional porque ele construiu dimensão nesse patamar.

 

Pelo andar da carruagem, no mínimo, em curto prazo, tem cacife para ser prefeito de João Pessoa, apesar dos agourentos, porque se mostra o mais preparado.



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