Futebol

Wagner sai do banco, usa duas vezes a cabeça e dá vitória ao Flu na estreia

Carioca


20/01/2013



Atual campeão carioca e brasileiro, o Fluminense fez sua estreia em 2013 sem muito glamour: jogou sem os titulares (poupados para a Libertadores), diante de pouco público (2.625 presentes) e no gramado para lá de castigado de São Januário. Mas nada que tire a satisfação do resultado. Com dois gols de Wagner, o Tricolor derrotou o Nova Iguaçu por 2 a 0. Com a vitória, o time chegou a três pontos e divide a liderança do Grupo B da Taça Guanabara com o Flamengo. Já a equipe da Baixada Fluminense, sem nenhum ponto, está na lanterna do Grupo A.

– Tenho 1,73m e meio (de altura). Esse meio valeu a pena. Esse ano eu planejei para ser meu melhor ano no Fluminense e o melhor ano na carreira. Graças a Deus já comecei com o pé direito. O professor tem convicção e tem planejado muito bem. Fico feliz de estarem preocupados comigo, e fico feliz de dar essa resposta. Se precisarem, posso começar jogando – comemorou Wagner.

A partida marcou a estreia de dois dos quatro reforços contratados pelo Flu para a temporada: o lateral-direito Wellington Silva e o meia-atacante Rhayner. Os dois se movimentaram bastante e concentraram boa parte das jogadas pelo lado direito, mas pecaram nos cruzamentos e finalizações. No segundo tempo, o lateral-direito acertou um cruzamento para o primeiro gol da partida. Quem apareceu bem foram os jovens laterais-esquerdos Fernando e Ronan. O primeiro mostrou personalidade e foi eficiente na marcação, enquanto o segundo entrou no fim e deu a assistência para o segundo gol.

Os outros dois reforços do clube, o lateral-esquerdo argentino Fabian Monzón e o meia Felipe ainda não têm prazo para estreia. Provavelmente ainda sem o time principal, o Fluminense volta a campo na quinta-feira contra o Olaria, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão. Um dia antes, na quarta-feira, o Nova Iguaçu visita o Audax às 17h, no Moacyrzão.

Principal adversário, gramado impede chances
Se o jogo já não prometia ser muito técnico, o campo ruim tratou de colaborar para isso. Em meio a passes errados e muita marcação, o Flu, armado com três volantes, só conseguiu sua primeira finalização aos 18 minutos, num chute de longe de Fábio Braga no meio do gol. O lance mais perigoso do time no primeiro tempo acabou saindo numa jogada de sorte. O estreante Wellington Silva chegou à linha de fundo marcado e tentou cruzar. A bola encobriu o goleiro, pegou um efeito e quase foi no gol, mas passou raspando a segunda trave e sequer saiu.

Só que a melhor chance da primeira etapa foi do Nova Iguaçu. Aos 21 minutos, Dieguinho passou por Diguinho e arriscou de longe. Berna tentou segurar e acabou espalmando para a frente da área, mas conseguiu abafar o rebote nos pés de Glauber e se redimiu do erro. A única reclamação com a arbitragem foi num lance polêmico envolvendo o zagueiro Anderson, que se apoiou nas costas de Glauber ao subir de cabeça na área. Os jogadores do Nova Iguaçu queriam pênalti.

Abel muda esquema, e Wagner decide
As equipes voltaram sem alterações para a etapa final. Com os mesmos jogadores em campo, o panorama também não mudou, e o Nova Iguaçu continuou melhor que o Fluminense. Até que conseguiu balançar a rede, aos 12 minutos, mas não valeu: Glauber chutou cruzado, e Flávio, muito impedido, completou para o gol. Com o Flu sem poder de fogo, Abel resolveu deixar o esquema de três volantes. Tirou Fábio Braga pelo atacante Michael, e ainda trocou um apagado Rafael Sobis por Wagner.

As alterações melhoraram a equipe, que passou a jogar mais no campo de ataque, mas ainda com muitas dificuldades para finalizar: até então, o Flu só havia chutado uma vez em todo o jogo. A segunda finalização explodiu na defesa, mas a terceira estufou a rede. Wellington Silva roubou a bola, tabelou com Rhayner e cruzou na medida para Wagner usar a cabeça para colocar o Flu na frente. No fim, a fórmula se repetiu, dessa vez pelo lado esquerdo. Ronan, outro jovem da base que entrou no lugar de Fernando no fim e foi a última substituição de Abel, levou a bola do campo de defesa ao ataque e caprichou no cruzamento para Wagner, outra vez de cabeça, definir o placar. 



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