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Vila Isabel, Grande Rio e Beija-Flor desfilam no segunda dia

Brasileiro


12/02/2013

 Beija-Flor, Grande Rio e Vila Isabel foram os grandes destaques da segunda noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro. São Clemente, Estação Primeira dBeija-Flor, Grande Rio e Vila Isabel foram os grandes destaques da segunda noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro. São Clemente, Estação Primeira de Mangueira e Imperatriz Leopoldinense também desfilaram na Marquês de Sapucaí nesta segunda-feira (11), e outras seis escolas se apresentaram no domingo (10). As agremiações agora aguardam a apuração dos votos, que ocorrerá na quarta-feira (13).

As agremiações apresentaram neste segundo dia grandes alegorias e fantasias luxuosas. Os imponentes carros da Beija-Flor, por exemplo, traziam esculturas gigantes de dragões e homens das cavernas. O enredo era sobre o cavalo mangalarga marchador.
Também grandioso e colorido, o carro abre-alas da Vila Isabel simbolizou o trabalho duro e o sol forte, importantes para uma boa colheita. Outra alegoria da escola mostrou um enorme boneco de um agricultor segurando feijões.

Com toques futuristas, o desfile da Grande Rio sobre o petróleo usou 6.800 metros de fitas com lâmpadas de LED em um dos setores. Elas acendiam as fantasias de 400 integrantes e uma alegoria que apresentava águas marinhas movidas a gás hélio, que pareciam voar.

Bateria

As escolas também empolgaram o público com surpresas na apresentação das baterias. A São Clemente, primeira a desfilar, destacou-se por fazer várias paradonas. A Grande Rio organizou "avalanches" de ritmistas em certos momentos, com seus integrantes correndo por alguns metros.

A Mangueira inovou ao levar para a Sapucaí duas baterias, somando 500 integrantes. Os dois grupos de ritmistas alternaram-se no comando do samba a partir da metade da apresentação.

Enquanto uma parte embalava a escola, o restante sambava erguendo os instrumentos. A novidade, no entanto, pode ter colaborado para o atraso de seis minutos que a Mangueira teve, também causado por problemas em carros alegóricos. Cada minuto de atraso retira um décimo da nota da escola. Nenhuma outra agremiação se atrasou na noite desta segunda-feira.

Beija-Flor de Nilópolis

O enredo da Beija-Flor versou sobre a raça brasileira de cavalos, o mangalarga marchador. A escola explicou o surgimento da raça, em Minas Gerais, e momentos da história do animal homenageado. O desfile teve alegorias coloridas e luxuosas direta ou indiretamente relacionadas aos equinos. Passaram pela Sapucaí alegorias sobre Cavalo de Troia; Alexandre Magno e seu cavalo Bucéfalo; pinturas rupestres; e a mineira Estrada Real, centro criador de cavalos.
Cláudia Raia foi aplaudida pelo público ao apresentar a comissão de frente "São Jorge, cavaleiro corajoso, guerreiro da Capadócia… Abre e ilumina os nossos caminhos". Outras musas passaram pela avenida, como a atriz Nanda Costa, a Morena de "Salve Jorge"; e a modelo Nicole Bahls. O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, David e Fernanda, apresentou-se com roupa feita com capim desidratado e palha.

Um problema em um dos carros alegóricos provocou buraco na evolução da Beija-Flor, detalhe que pode prejudicar a nota da agremiação.

Acadêmicos do Grande Rio

O desfile deste ano da Grande Rio foi um manifesto em defesa da manutenção dos royalties do petróleo para o Rio de Janeiro. Com desfile cheio de fantasias futuristas e carros grandes, a escola trouxe até integrantes vestidos como robôs, emulando a franquia "Transformers". O carro abre-alas lembrou a extração e o refino do petróleo. Um dos destaques era a atriz Suzana Vieira. A agremiação, conhecida por levar muitos famosos à avenida, teve Danielle Winits, Christiane Torloni, Roberta Rodrigues, Carol Nakamura, Ana Furtado e Mirella Santos.

Uma alegoria em 360°, um tripé em forma de iguana colorida e um carro com águas vivas que pareciam voar foram alguns dos que mais chamaram a atenção. A comissão de frente foi formada por mergulhadores, que andaram com pés de pato pela passarela do samba.

O premiado mestre Ciça preparou uma surpresa com sua bateria. Em alguns momentos do trajeto, os 310 ritmistas, vestidos como componentes de uma banda de música escolar, faziam uma "avalanche", correndo por alguns metros. Também houve várias paradonas ao longo do desfile, de até 15 segundos.

Unidos de Vila Isabel

A escola retratou hábitos simples do povo do interior e do campo, como a moda de viola, as visitas do “cumpadi”, as festas no arraiá e as procissões. A passarela do samba foi transformada em caminho da roça por meio imagens identificadas com a vida no interior.

A bateria, com Sabrina Sato como rainha, batucou fantasiada de espantalhos e a ala das baianas rodopiou com roupas de joaninhas. Alas simbolizando galos, gafanhotos, plantas devoradas por pragas, formigas, verduras, legumes e flores também levaram um pouco de ar puro para a avenida.

Martinho da Vila festejou seu aniversário de 75 anos no desfile. O sambista veio no carro "Os cumpadres chegaram", sobre a casa rural, com direito a fogão de lenha e animais no quintal. A intenção foi simbolizar o lado hospitaleiro do povo da roça.

São Clemente

Primeira a desfilar nesta segunda-feira, a São Clemente escalou um grande elenco para apresentar seu enredo “Horário Nobre” na Sapucaí. Carminha, Odete Roitman, Tieta, Viúva Porcina, Sinhozinho Malta e outros famosos personagens representavam mais de 60 telenovelas brasileiras, escolhidas pelo carnavalesco Fábio Ricardo após uma pesquisa nas ruas e nas redes sociais.

A escola da Zona Sul levou à Sapucaí oito alegorias, quatro tripés e 3.400 componentes. Algumas telenovelas lembradas nos carros alegóricos e nas alas foram "Irmãos Coragem", "O Bem Amado", "Vale Tudo", "O Rei do Gado", “Que Rei Sou Eu" e "Caminho das Índias”. O enredo homenageou os telespectadores e os profissionais que trabalham atrás das câmeras. Um dos destaques foi a bateria, que fez várias paradonas, silenciando os instrumentos e o carro de som e deixando apenas os componentes cantarem.

Estação Primeira de Mangueira

O grande número de ritmistas, a dificuldade para que todos entrassem e saíssem dos recuos e problemas com carros alegóricos atrasaram o andamento da Mangueira, que extrapolou o tempo limite em seis minutos. Cada minuto de atraso faz perder um décimo de ponto. O público acompanhou em pé a apresentação do enredo "Cuiabá: um paraíso no centro da América!", mostrando as belezas, os costumes e a história da capital do Mato Grosso.

A primeira bateria, "Maquinistas – no ritmo do trem de bamba", e a segunda, "Cozinheiros – o sabor cuiabano do tempero do samba", foram comandadas pelos mestres Ailton Nunes e Marrom. Durante a apresentação, os dois grupos de ritmistas se alternaram no comando do samba, com uma breve parada servindo para marcar a passagem de uma bateria para outra. Foram várias trocas a partir da metade do desfile.

Imperatriz Leopoldinense

A escola levou para a avenida a história e a cultura do Pará, em desfile que destacou a povoação indígena, a riqueza do ouro e da borracha, o gênero musical tecnobrega e os romeiros do Círio de Nazaré.

A cantora Fafá de Belém foi o principal destaque da agremiação, passando duas vezes pela Marquês de Sapucaí. Primeiro ela foi heroína paraense na comissão de frente, segurando uma bandeira do estado. Depois, emocionada, fechou o desfile no chão destacando os fiéis da festa religiosa que acontece em Belém. A Imperatriz contou ainda com a presença de outras celebridades paraenses: as atrizes Dira Paes e Rosamaria Murtinho, as cantoras Gaby Amarantos e Leila Pinheiro e os cantores Elymar Santos e Beto Barbosa.



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