Paraíba

Seca é tema de sessão especial em Brasília

Seca


06/05/2013



 Nesta quarta-feira, 8, a seca que atinge o Nordeste será tema de uma sessão especial na Câmara dos Deputados. Parlamentares, especialistas e representantes do governo federal irão debater ações que possam reduzir os impactos da estiagem na região. Apenas em 2013 a seca atinge mais de 1.415 municípios.

Para o deputado paraibano Leonardo Gadelha (PSC), propositor da comissão geral, apesar da seca ser um problema climático, o poder público não pode continuar usando a imprevisibilidade do fenômeno como argumento para não agir preventivamente.

O parlamentar alega que já é possível prever a incidência de longos períodos de estiagem, e cita como exemplo o estudo de um dos especialistas que deverá participar da sessão na próxima quarta-feira, o professor Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas. “Esse estudo mostra a correlação do resfriamento das águas do Oceano Pacífico com a incidência de uma estiagem mais aguda no nordeste”, explicou Gadelha. “Com esse convidado eu quero mostrar que nós já temos condições técnicas de prever, pelo menos com um ano de antecedência, a incidência de uma forte estiagem.”

O deputado cita ainda outros pontos que poderiam contribuir para amenizar os efeitos da escassez de água que destrói lavouras, provoca a morte de animais e cria dificuldades para o homem, sobretudo o que vive do campo. “Para discutir a questão do crédito, eu sugeri que fosse convidado o presidente do Banco do Nordeste, Ari Joel Lanzarin”, disse Gadelha.

Gadelha também sugeriu que fosse convidado o diretor do Instituto Nacional do Semiárido, Ignacio Hernán Salcedo, para falar sobre técnicas que já existem para melhorar a convivência do homem nordestino com a estiagem.

Segundo o presidente do Centro de Estudos, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), a ideia é levar para o debate propostas de ações concretas para ajudar a população a conviver com a seca que se repete com frequência na região. "É importante fazer plantas que sejam resistentes à baixa precipitação pluviométrica. Está sendo feito um estudo pela Embrapa sobre o café, a soja, o feijão, o arroz, o trigo, o algodão e tantos outros produtos que podem trazer rentabilidade", disse Inocêncio.



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