Brasil

“Se for verdadeira, é grave”, afirma Mourão sobre denúncia contra ministro do Turismo

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, está sendo investigado sobre um possível patrocínio em esquema de candidaturas laranjas.


05/02/2019

Foto: Maicon J. Gomes/Gazeta do Povo



O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que deve ser investigada a revelação e denúncia de que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, patrocinou um esquema de candidaturas laranjas que direcionou verba pública para empresas ligadas ao seu gabinete parlamentar.

Segundo Mourão, se os órgãos de investigação confirmarem a existência da irregularidade, trata-se de uma denúncia grave e que precisa ser investigado até onde existe verdade na denuncia e punir.

 

“Qualquer denúncia tem de ser apurada, a Justiça que faça o seu papel”, disse. “Se for verdadeira [a revelação sobre o caso do ministro], é grave. Temos de ver até onde há verdade nisso aí.”

 

O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse na última segunda (5) que não cabe ao presidente Jair Bolsonaro, que está internado no hospital Albert Einstein para se recuperar de cirurgia, se manifestar sobre o caso.

 

“Não, ele [Bolsonaro] não comentou e não comentaria porque esse é um assunto que deve estar restrito ao próprio ministro e as respostas a esse tema a ele devem ser direcionadas a ele”, disse Rêgo Barros ao ser questionado se o presidente comentou o episódio.

 

Indagado sobre se Bolsonaro pediu explicações a Álvaro Antônio, o porta-voz também negou. “Ele não conversou com o ministro sobre isso.”

 

Já o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que a revelação será apurada “se surgir a necessidade”. “Particularmente não sei se esta matéria é totalmente consistente. Se surgir a necessidade de apuração, será apurado”, declarou Moro, após apresentar um pacote anticrime que será enviado ao Congresso.

 

Questionado sobre o esquema revelado sobre o ministro do Turismo, Moro disse, num primeiro momento, que “é coisa do passado” “o tempo em que o ministro da Justiça atuava como advogado de membros do governo federal”.

 

“Não cabe ao ministro da Justiça fazer esse papel de defesa de situações apontadas em relação a membros do governo”, afirmou. “Quando fui convidado a assumir essa posição, o presidente [Bolsonaro] disse muito claramente que ele é intolerante em relação a desvios e que os órgãos deveriam ter plena autonomia em realizar essa apuração. É o que vai acontecer em relação a todos os casos”, concluiu.



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