Política

Ricardo diz que renúncia no PSB foi democrática e questiona ingratidão e deslealdade no ‘Jardim Girassol’


11/09/2019

Foto: Walter Rafael



Por Wallyson Costa
Portal WSCOM

O ex-governador Ricardo Coutinho se pronunciou pela primeira vez, nesta quarta-feira (11), sobre a crise no PSB da Paraíba. Em entrevista à Rádio Serra Branca FM, Ricardo questionou os colegas de partido que não aceitaram a sua ascensão à presidência da legenda, após a Executiva Nacional alçá-lo a líder da comissão provisória instituída após renúncia coletiva de membros do Diretório Estadual.

“Quer dizer que eu sirvo para eleger senador, governador que há quatro meses da eleição tinha 2% de conhecimento, para fazer uma bancada de 22 deputados estaduais três deputados federais, agora eu não sirvo para presidir o partido o qual eu construí ao longo desses anos todos? Tem alguma coisa que não se encaixa aí, alguma verdade que ainda não foi dita. Só lamento que alguns, não são todos, estejam realmente tentando uma postura que é de divisão, e é claramente e tradicionalmente daquela visão de ficar com o bolo maior”, disse.

Renúncia e novos rumos do partido

Para Ricardo, o ato de renúncia da maioria dos diretorianos do PSB foi democrático. Ele apontou que foi convencido a assumir o comando no Estado e começar uma reestruturação.

“Houve uma renúncia que é um ato democrático, um ato pessoal, e é um ato estatutário. Nos países que há parlamentarismo, quando a maioria do parlamento bota um voto de desconfiança, o governo cai. No partido é a mesma coisa, quando a maioria do diretório renuncia, a direção cai e cabe a instância superior, que nesse caso é a Executiva Nacional, nomear uma comissão provisória. Me convenceram a aceitar… fui escolhido por unanimidade”, continuou.

Coutinho afirmou que o partido, na gestão de Edvaldo Rosas, estava se ‘burocratizando’ e servindo para angariar cargos. Isso deve mudar, disse o ex-governador.

“Todos os membros da executiva nacional falaram e determinaram sua posição de que o partido precisa passar por um processo de renovação porque estava se burocratizando, perdendo o ritmo e ao mesmo tempo sendo visto apenas como um meio de angariar alguns cargos. Não é isso que quero para o PSB, o PSB é um instrumento de mudanças para a política da Paraíba”, declarou.

Posição dos deputados, ingratidão e deslealdade

A ascensão de Ricardo à presidência não é apoiada por ingratos e desleais, segundo o líder do PSB: “Não entendo que alguns de forma ingrata e desleal não concordariam com o meu nome para presidir o partido. A decisão está tomada, presidirei o partido por algum tempo, reestruturarei, estarei do lado dos nossos candidatos a prefeito, e esse é um compromisso meu, de vida”.

O ex-governador ainda alfinetou deputados estaduais que se posicionaram contra o seu nome na presidência e chamou de ‘ato mesquinho’ a ação dos partidários que recusaram participar da comissão provisória.

“Tem deputado falando aí pelo racha, mas lembro que era o que vinha falando para mim que João não decolaria, e eu sustentei a pisada. E hoje estão falando para envolver o governo e controlar o governo… Não há nenhum problema a quem não queria. Só tenho a lamentar porque acho um ato mesquinho. A executiva deu quatro vagas, e essas pessoas nem foram à reunião, fugiram da reunião”, finalizou.

 



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