O deputado federal Julian Lemos (PSL) esclareceu, nesta sexta-feira (18), o imbróglio na bancada do PSL na Câmara Federal após áudio vazado na tarde de ontem (18). Na gravação, é possível ouvir deputados do partido que defenderam a permanência do Delegado Waldir na liderança da legenda conversando sobre a mudança no comando, pretendida pelo presidente Jair Bolsonaro.

Leia mais: Áudio vazado: Julian ‘foge’ de encontro com Bolsonaro e recusa tomar liderança do PSL: “Pedi para cagar e sai”

Acusado de traição por eleitores nas redes sociais, Julian negou qualquer conspiração de sua parte contra o presidente, que queria, inicialmente, emplacá-lo como líder e depois optou pelo próprio filho, Eduardo Bolsonaro.

“Não existe uma única palavra de conspiração, mas a narrativa do vídeo já é pronta para colocar na cabeças das pessoas. A minha fala no vídeo não tem nada de conspiração. Preciso dizer que tem que ser muito idiota. Você lê uma coisa, escuta outra e fica com o que lê. Eu sou fiel ao presidente, fui eleito para ajudá-lo a governar… estou fazendo meu papel, onde está meu ato de traição? porque na questão da lista eu sequer sabia que Eduardo era candidato”, disse.

Lemos ainda defendeu a saída de Waldir da liderança, mas criticou o modo de condução das discussões e ainda disparou contra o autor da gravação:

“Faço votos hoje que ele saia da liderança. Eu não concordo é com o método usado. Dividem o partido, uma banda pra um lado, outra para o outro. Por que não chamam para conversar? Essa história de áudio para cá, áudio para lá está arrebentando com o país. É deputado gravando outro, se achando o herói: canalha”, declarou. 

Assumir a liderança

Ele ainda comentou sobre a possibilidade de ter assumido a liderança no lugar do delegado Waldir. Tal ato só poderia ser concretizado com conversa com os parlamentares, disse.

“Quando aconteceu de colocarem meu nome para uma suposta liderança, não poderia fazê-la  sem fazer reunião com deputados. Pelo menos 30 que tenho acesso maior aqui. Aí eu sou líder e os deputados são ignorados. Não é assim que funciona”, pontuou.

Ouça na íntegra:

_

Por Redação / Portal WSCOM