Ao assumir oficialmente a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores neste domingo (3), o ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro Edinho Silva coloca como prioridade reposicionar o partido no tabuleiro político para 2026. À frente do diretório pelos próximos quatro anos, o também ex-coordenador da campanha de Lula em 2022 reconhece que o PT precisará mirar além de sua base fiel para manter a competitividade eleitoral.
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Em entrevista à Veja, Edinho avaliou que o cenário de polarização que marcou os últimos pleitos deve se manter ou até se intensificar nas eleições de 2026.
Para ele, será necessário mais do que mobilizar a militância tradicional. O PT terá que dialogar com o eleitorado que se afastou do partido, incluindo setores simpáticos ao bolsonarismo.
“O desafio do PT é furar a bolha da polarização e dialogar com quem não escolheu Lula por alguma circunstância, mas que já votou no PT em eleições anteriores”, afirmou o novo presidente da legenda.
Edinho ainda afirmou que o PT “não pode escolher adversário. Temos que ter a preocupação no nosso campo, nossas alianças”.
Liderança pós-Lula
Na entrevita, Edinho ainda reforça o discurso do presidente Lula de que o partido deve se fortalecer institucionalmente para que surjam novas lideranças em um ‘pós-Lula’.
“Ele diz que o substitulo dele não é um nome, mas o partido. Ele está correto. Surgir outro Lula é imposssível… se o sucessor é o partido, o PT tem que ficar forte, estar antenado ao povo, e organizado para construir isso… as lideranças vamos construir, vão surgir naturalmente”, disse..