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Policial mata vizinho a tiros após briga no WhatsApp

NO DF


08/09/2017

 Um homem foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira (7) em Samambaia, no Distrito Federal, após discutir com vizinhos em um grupo de mensagens do condomínio. Segundo a Polícia Civil, um PM reformado disparou duas vezes contra a vítima, que morava no andar de cima. Adilson Silva, de 36 anos, foi atingido no tórax e morreu no local.

 A discussão começou às 18h, ainda em mensagens de celular. No print, o policial militar José Arimatéia Costa mostra uma mancha branca que apareceu na janela do apartamento, e acusa o vizinho de cima de ter "cuspido pasta de dente" pela janela.

 Em resposta, Adilson Silva enviou uma sequência de mensagens e áudios, em que negava a "autoria" da mancha e chamava o vizinho para resolver as coisas "pessoalmente".

 "Meu amigo, tu tá ficando maluco, falando merda. Primeiro, olhe essa merda para depois falar. Me respeite, que educação eu tenho. Não vou escovar porra de dente em varanda. Olha sua porra direito, não fale merda que você não sabe", diziam as mensagens de WhatsApp.

 A discussão virtual cessou e, minutos depois, vizinhos ouviram os tiros no apartamento de Adilson. Em um áudio enviado no mesmo grupo, uma mulher fala sobre o momento do crime. "Já acionei o 190 aqui para chamar a polícia. Mas foi um negócio, assim, violento, e eu vi na hora que ele disparou a arma".

 Investigação

 O caso foi registrado na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), que apura o caso. Segundo o delegado Gutemberg Santos Moraes, os dois envolvidos chegaram a brigar, fisicamente, antes do homicídio.

 "O senhor José foi até a residência do Adilson, a vítima, e passaram a discutir. Logo em seguida, entraram em luta corporal, momento no qual o seu José de Arimatéia sacou uma arma de fogo, e efetuou disparos contra a vítima", diz.

 Ainda na noite de quinta, a Polícia Civil ouviu outros dois moradores do prédio e a mulher da vítima, que presenciou o homicídio. Até a manhã desta sexta (8), o PM suspeito ainda não tinha se apresentado na delegacia.

 Segundo o delegado da 29ª DP, José de Arimatéia deve responder por homicídio qualificado por motivo fútil. Ele não tinha registro de outros crimes mas, se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.



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