O policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, preso nesta sexta-feira (31) em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, admitiu, em depoimento à Polícia Federal, ter mentido sobre a participação do miliciano Orlando Curicica, que foi apontado por ele como um dos mandantes do homicídio da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

De acordo com reportagem do UOL, no depoimento à PF, prestado antes da operação desta sexta-feira, Ferreirinha, como o PM é conhecido, disse que incriminou Orlando Curicica por vingança, uma vez que ele teria sua central clandestina de TV a cabo na zona oeste do Rio. Segundo a advogada Camila Nogueira, Ferreirinha teria admitido o falso testemunho por se sentir coagido pelos agentes da PF.

Para os investigadores, contudo, tanto o PM como a advogada integram uma organização criminosa que tenta impedir a resolução da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Segundo a reportagem, o depoimento de Ferreirinha isenta de responsabilidade os demais investigados. Diante da versão apresentada pelo PM, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sugeriu que a PF continue as investigações.

Brasil 247