Educação

OPINIÃO: Walter Santos projeta clima de guerra nas Universidades com intervenções e tentativa de privatizar

Jornalista faz análise em seu novo artigo sobre as indicações do presidente da República afim de inserir o programa "Future-se" do Ministério da Educação.


30/09/2019

Imagem ilustrativa - Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Prédio da Reitoria



Por Walter Santos
Portal WSCOM

 

As indicações “alienígenas” de reitores, o foco na privatização e as universidades como novo palco de guerra

 

Um levantamento recente, produzido sobre as indicações/nomeações de reitores feitas pelo Governo Bolsonaro, confirma que o presidente indicou 6 reitores que não foram os mais votados pela comunidade acadêmica e nem eram os primeiros da lista tríplice.

 

Tem mais: 2 outros reitores são considerados interventores que se enquadram dentro do que se denomina pro tempore. Os 8 novos reitores, contudo, têm o compromisso de aderir ao “Future-se”, a primeira iniciativa de Bolsonaro de querer privatizar as universidades.

 

A POSIÇÃO DAS UNIVERSIDADES E A UFPB/UFCG/IFs

Com base em dados levantados, as universidades federais no País têm se posicionado majoritariamente, através de seus Conselhos Superiores, contrárias à iniciativa do MEC, agora sob inspiração do ministro Abraham Weintraub – a pior representação já existente na história do Ministério.

 

Ora, se o presidente escolhe nomes fora das consultas legais feitas pelas comunidades universitárias, agora restabelecendo quórum com peso maior dos professores, é claro que tudo resultará de agora em diante em um verdadeiro campo de guerra porque professores, alunos e funcionários não aceitarão o início do processo de privatização.

 

Neste contexto de guerra à frente resta saber quem no caso da UFPB, UFCG, IFs terá a coragem de assumir a condição de interventor das instituições.

 

SALDO DE GUERRA

Certamente que deve existir quem assim queira proceder, daí já ser fundamental identificar esses personagens para construção da realidade futura das comunidades sabendo que a força e a guerra não são boas conselheiras.

 

As universidades, enfim, se preparam para a nova fase de lutas por mais recursos e manutenção de sua autonomia conquistada a duras penas.

 

Tudo isto diante dos novos algozes.



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