Paraíba

Operação que mira líder de Bolsonaro no Senado tem ramificações na Paraíba; veja os detalhes

Ao todo, estão sendo cumpridos simultaneamente 52 mandados de busca e apreensão.


19/09/2019

Imagem ilustrativa - Foto: (arquivo)

A “Operação Desintegração” foi desencadeada nesta quinta-feira (19) pela Polícia Federal na Paraíba e mais quatro estados. O objetivo é investigar o desvio de dinheiro público nas obras da Transposição do Rio São Francisco na região Nordeste envolvendo parlamentares e quatro empresas, entre elas a OAS.

 

Ao todo, são 52 mandados de busca e apreensão. Além de um mandado na Paraíba, outros também estão sendo cumpridos em Brasília (Distrito Federal), Recife e Petrolina (Pernambuco), e nos estados do Ceará, e de São Paulo. A investigação envolve delações premiadas de doleiros e empresários.

 

Na Paraíba, o alvo é da operação é o Instituto Alfa, que fica no edifício Royal Trade Center, localizado na Avenida Epitácio Pessoa, principal via de acesso da Capital. O escritório é especializado em soluções governamentais, pesquisas eleitorais, site de prefeitura, entre outros e pertence ao líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). 

 

Outros mandados – A PF cumpre simultaneamente mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos dois políticos, no Senado e na Câmara, com autorização do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal(STF).

 

Detalhes da operação – Segundo informações do inquérito, a suspeita é de que dinheiro de contratos superfaturados ou fictícios de obras vinculadas ao Ministério da Integração Nacional tenha sido desviado para campanhas dos políticos e teve inicio a partir de investigação com a delação premiada de dois empresários presos na operação Turbulência. Deflagrada em 2016, a ação prendeu donos do avião que caiu com o ex-governador pernambucano Eduardo Campos.

 

Os colaboradores disseram em depoimento que pagaram propina ao senador Fernando Bezerra Coelho e ao filho entre 2012 e 2014. Os depósitos foram feitos, segundo os delatores, por empreiteiras que estavam fazendo obras relacionadas com o ministério da Integração Nacional.

 

De acordo com a investigação, a suspeita é de que recursos envolvendo a transposição do Rio São Francisco e o canal do Sertão foram desviados. Ainda segundo informações do inquérito, dívidas pessoais dos parlamentares foram pagas por empresas.

 

Executivos da OAS também falaram sobre o assunto em acordo de delação premiada, homologado pelo STF na semana passada. As outras empresas envolvidas são a Constremac, Barbosa Mello e S.A Paulista.


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Portal WSCOM



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