Política

Onyx admite uso de verba da Câmara em campanha: ‘Tudo dentro da lei’

'Tenho a prerrogativa e direito de andar no lugar do Brasil que eu quiser', disse futuro ministro da Casa Civil.


31/12/2018

Na imagem o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni

futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que utilizou dinheiro público para fazer campanha ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) porque estava “ajudando a construir um novo Brasil”.

Em reportagem, a Folha de S.Paulo denunciou que há no sistema da Câmara informações de reembolso para o deputado de mais de 70 bilhetes cuja origem ou destino são aeroportos do Rio e São Paulo, somando R$ 100 mil. As regras da cota de atividade parlamentar – verba que congressistas têm para atividades do dia a dia – não permitem o uso para fins eleitorais.

 

“Eu não tenho que me defender de nada. Primeiro, tudo que eu fiz, é público. Segundo, está tudo dentro, rigorosamente, da legislação da Câmara. Eu desafio, me mostra uma passagem paga pela Câmara para a minha campanha a deputado federal no Rio Grande do Sul. Mas enquanto congressista e deputado [federal], eu tenho a prerrogativa e direito de andar no lugar do Brasil que eu quiser e eu estava ajudando a construir o que hoje nós estamos vivendo: a transição para um novo futuro para o nosso país e para um novo Brasil”, afirmou o futuro chefe da Casa Civil para a rádio Gaúcha nesta segunda (31).

 

Apesar de dizer que está “tudo dentro da legislação”, ato da Mesa Diretora é claro em dizer que a cota é “destinada a custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar”. Desde 2017, Onyx integra o grupo de parlamentares que coordenou a pré-campanha e a campanha de Bolsonaro.

 

Na entrevista, ele também atacou a Folha de S.Paulo.

 

“A Folha de S.Paulo é um desses veículos que não se convenceu com a vitória do Bolsonaro. E está no terceiro turno. Bem-vindos ao terceiro turno. Mas a gente não se assusta, porque sabemos que estamos com a verdade. Eu tenho tranquilidade absoluta. O bom para a Folha era o Haddad e o PT de volta”, disse.



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