Futebol

‘O Corinthians não pode olhar para baixo’, diz Jair Ventura


03/11/2018



Jair Ventura demorou para compreender o futebol como ele é. Não por culpa dele. Mas por causa do pai, seu xará. Jairzinho fez da infância do filho um conto de fadas do mundo da bola. Nos churrascos, o garoto deu seus primeiros chutes no quintal de casa com Pelé, Paulo Cesar Caju, a turma de amigos da família, que formou também a seleção brasileira tricampeã de 1970. Ao puxar as memórias da infância, Jair diz que se arrepende por não ter registrado esses momentos. “Era tão comum estar ao lado deles que nem passava pela minha cabeça”.

A ficha caiu quando tentou a carreira de jogador de futebol. Passou por clubes de menor expressão no Rio de Janeiro e, pressionado por ter que jogar igual ao pai, único atleta que marcou gols em todos os jogos de uma edição da Copa do Mundo, Jair Ventura notou logo que estava longe do padrão de qualidade do pessoal que frequentava sua casa. Pendurou as chuteiras aos 26 anos e passou a estudar o futebol.

Discreto, de tom conciliatório, possui uma oratória que às vezes até lembra a do técnico da seleção brasileira, Tite. Assim como o ex-treinador corintiano, cria expressões e as utiliza com frequência, como “DNA vencedor”. Ao Estado, ele falou também sobre as novas tecnologias do futebol, o susto que tomou ao se deparar pela primeira vez com a Fiel e as expectativas para 2019.

Qual sua análise sobre esses dois meses de Corinthians?

Positiva. Sabia da situação difícil. Mas vida de treinador é assim. Fui efetivado pelo Botafogo em 2016 com o time no rebaixamento. No Corinthians, nem pensei duas vezes. Acertei no mesmo dia e me apresentei no dia seguinte. Chegamos em uma final e fizemos bons jogos. Ainda pode ficar melhor com o desempenho nessa reta final de Brasileiro. Com informações Estadão Conteúdo.



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