23/02/2018
Magistrados federais anunciam paralisação; na Paraíba TJ não descarta greve
Na manhã de ontem estavam reunidos com a ministra Cármen Lúcia o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o deputado Benito Gama (PTB-BA) e o corregedor Noronha. O assunto foi transparência de salários no Judiciário.

Magistrados federais estão revoltados com o fato de a presidente do STF ter pautado ações que afetam a categoria, desconsiderando outra ação que questiona benefícios concedidos a juízes estaduais. A diretoria da Ajufe decidiu na madrugada de ontem convocar uma paralisação da categoria para o dia 15 de março. Para a Ajufe, falta isonomia no tratamento dado às categorias dos juízes.
Na Paraíba, os servidores do Tribunal de Justiça da Paraíba irão se reunir na próxima terça-feira (27), a partir das 15h no Fórum Cível, para discutir a possibilidade de paralisar as atividades em protesto ao não pagamento da data-base e contra o auxílio-moradia para juízes.
O presidente da Associação dos Servidores da Secretaria do Tribunal de Justiça da Paraíba, Altamir Pimental, informou que a categoria vem buscando diálogo com a presidência do TJ, mas não conseguiu resposta em relação ao reajuste.
“Nossa data-base é em janeiro, víamos desde outubro querendo discutir o índice. Em dezembro pedimos três por cento, o que equivale a inflação do país, mas não tivemos resposta”, disse.
Segundo o presidente, para este momento só é ventilada a possibilidade de paralisar as atividades, como uma forma de chamar atenção do Poder Judiciário, mas caso o pedido não seja atendido, não está descartada a possibilidade de greve da categoria.
A assembleia será realizada em conjunto com a Associação dos Analistas, Técnicos e Auxiliares do Judiciário.
Greve – A paralisação anunciada pela diretoria da Ajufe será referendada, segundo a entidade, em votação virtual de seus 2.000 associados. O presidente Roberto Veloso também marcou uma assembleia extraordinária para decidir sobre uma greve por tempo indeterminado a partir de 3 de abril.
Fora da pauta – A Ajufe argumenta que a ministra Cármen Lúcia não pautou a ação de 2010 que questiona a lei estadual do Rio de Janeiro “dos fatos funcionais” (Lei 5535/2009). A lei estabelece normas sobre provimento inicial, promoções, remoções e permutas, posse e apuração de antiguidade, garantias e prerrogativas, remuneração, licença, férias, afastamentos e seguridade social.
Agência Estado com Mais PB