Paraíba

Justiça determina soltura de Jacqueline França, esposa do ex-prefeito de Cabedelo Leto Viana


17/05/2019

Imagem: Reprodução

O juiz Henrique Jácome, da 2ª Vara de Cabedelo, concedeu liberdade à ex-primeira dama de Cabedelo, Jacqueline França. A prisão foi substituída por medidas cautelares. Mesmo solta, ela continuará afastada do seu mandato na Câmara Municipal de Cabedelo.

 Segundo as investigações, há indícios de que Jacqueline França exerceria papel central de gerência administrativa ilícita no Município de Cabedelo, fazendo uso dos servidores e serviços custeados pela Prefeitura para atendimento de demandas pessoais.  

 Também consta que a Mesa Diretora da Câmara de Cabedelo antecipou as eleições do biênio (2019/2020) para elegê-la presidente, havendo rumores de uma possível renúncia do presidente anterior, a fim de colocá-la na linha sucessória da Chefia do Executivo.

Operação Xeque-Mate  

Deflagrada no dia 3 de abril de 2018 pelo Departamento de Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público do Estado da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, a investigação concluiu pela existência de uma organização criminosa na qual agentes políticos e servidores públicos do Município de Cabedelo estariam envolvidos.

Durante o inquérito policial, foram constatadas práticas ilícitas, tais como cargos fantasmas, doação de terrenos, utilização de interpostas pessoas para ocultação patrimonial, controle do Legislativo municipal por parte do prefeito, através do empréstimo de dinheiro para campanhas políticas, condicionado à assinatura de “cartas renúncia”, entre outras acusações.

Na ocasião, o desembargador João Benedito determinou a expedição de 11 mandados de prisão preventiva, 36 de busca e apreensão de documentos, mídias eletrônicas, veículos e objetos relacionados nas investigações. Ordenou o afastamento cautelar do cargo de 84 servidores públicos e agentes políticos do Município, incluindo o prefeito, vice-prefeito, o presidente e a vice-presidente da Câmara, além de vereadores, em virtude da suspensão do exercício de suas funções públicas. Houve, ainda, a determinação do sequestro de 13 bens imóveis do casal Leto Viana e Jacqueline França, por haver indícios de que foram comprados com dinheiro obtido com ações ilícitas no período compreendido entre os anos de 2014 e 2016.

Portal WSCOM



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