As revelações feitas pelo The Intercept sobre um suposto esquema, comandado pelo ex-juiz Sergio Moro e sua equipe, conspirando para derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), prender o ex-presidente Lula e solapar a democracia brasileira, não significa que a Vaza Jato esteja perto fim. Esse foi o recado dado pelo jornalista Glenn Greenwald.

Segundo nova publicação do Intercept, em parceira com a Folha de S. Paulo, policiais federais e procuradores da República agiram para interferir no processo político a fim de evitar a nomeação de Lula para a Casa Civil no governo Dilma e contribuíram para radicalizar o ambiente político no país, tramando a queda da então presidente petista do poder.

Ainda segundo a publicação, procuradores celebram a estratégia política e ilegal, e chamam Lula de “9”, numa referência pejorativa aos nove dedos do ex-presidente, que perdeu um deles em acidente de trabalho, deixando claro que seguiram orientações de “Russo”, apelido de Moro, que agiu como acusador e não juiz na Lava Jato. Todos demonstram ter ciência de que praticavam ilegalidades e alguns zombam disso no Telegram. Neste episódio, vazaram o que interessava para manipular a opinião publica, criar mobilizações nas ruas contra o governo e envenenar o debate político.

Como eu disse há meses – com base na minha experiência em relatar o arquivo Snowden – algumas das revelações mais importantes com grandes vazamentos ocorrem no quarto, quinto e sexto meses. A #VazaJato de hoje na @Folha é uma delas. Tem muitas outras: https://t.co/Iz9XUoUw3X https://t.co/neyd1OQByG

— Glenn Greenwald (@ggreenwald) September 8, 2019

Com informações Brasil 247
Portal WSCOM