Cinema

Dilma Rousseff lamenta morte do cineasta Eduardo Coutinho

Eduardo Coutinho


03/02/2014



 A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta segunda-feira (3), em sua página oficial no Twitter, a morte de Eduardo Coutinho. O cineasta foi morto aos 80 anos a facadas no domingo, em sua casa na Lagoa, zona sul do Rio.

"Foi com tristeza que soube da trágica morte do cineasta Eduardo Coutinho, autor de ‘Cabra marcado para morrer’, ‘Peões’ e ‘Edifício Master’. Coutinho deixava que os personagens contassem suas histórias com suas próprias palavras, criando assim uma relação direta com o ‘expectador’. O Brasil e o cinema brasileiro perderam ontem seu maior documentarista", escreveu.

O corpo do cineasta será velado e enterrado nesta segunda-feira (3). O velório está previsto para começar às 10h, na Capela 3 do Cemitério São João Batista, em Botafogo. O enterro foi marcado para as 16h, no mesmo cemitério.

O delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios, que investiga o caso, disse que o filho do cineasta, Daniel Coutinho, de 42 anos, foi preso em flagrante pela morte do pai. Ele está internado sob custódia na unidade intermediária do Hospital Miguel Couto, na Gávea.

Repercussão

Uma das primeiras pessoas a se manifestar sobre a morte de Eduardo Coutinho foi o também diretor Cacá Diegues. "Ele era muito respeitado, era um mestre, os jovens cineastas do Brasil respeitavam muito ele. Coutinho era uma pessoa acima do bem e do mal", declarou.

Outro diretor, Jorge Furtado ficou chocado com a notícia. "A morte do Coutinho é uma tragédia do cinema brasileiro, ele é um dos maiores documentaristas do mundo, um grande pensador do cinema."

Carreira

O paulistano Eduardo Coutinho ganhou em 2007 a estatueta Kikito de Cristal, do Festival de Cinema de Gramado (principal premiação do cinema nacional), pelo conjunto de sua obra. Entre seus principais filmes, estão "Edifício Master", "Jogo de cena", "Babilônia 2000" e "Cabra marcado para morrer".

Em junho do ano passado, ele e o também cineasta José Padilha (autor dos filmes "Tropa de elite" e "Tropa de elite 2: O inimigo agora é outro") foram convidados a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Ampas, na sigla em inglês), responsável pela premiação do Oscar.

Em toda a carreira, Coutinho dirigiu 20 filmes, entre longas e curtas-metragens, segundo informações do site IMDB. São eles:

"As canções" (2011)
"Um dia na vida" (2010)
"Moscou" (2009)
"Jogo de cena" (2007)
"O fim e o princípio" (2006)
"Peões" (2004)
"Edifício Master" (2002)
"Porrada" (2000)
"Babilônia 2000" (1999)
"Santo Forte" (1999)
"Boca de lixo" (1993)
"O fio da memória" (1991)
"Santa Marta" (1987)
"Cabra marcado para morrer" (1985)
"Exu, uma tragédia sertaneja" (1979)
"Teodorico, o imperador do sertão" (1978)
"Seis dias de Ouricuri" (1976)
"Faustão" (1971)
"O homem que comprou o mundo" (1968)
"O ABC do amor" (1967)



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