Economia & Negócios

Conheça opções de investimento para usar seu FGTS


16/09/2019



Com a liberação do FGTS pelo governo, cabe ao cidadão decidir o que fazer com esse dinheiro: é possível quitar dívidas ou ir às compras. Mas caso seja possível, uma boa opção é investir para fazer com que o valor recebido renda mais com o tempo.

Como o rendimento do FGTS é inferior ao das opções presentes no mercado financeiro, em vez de esperar para sacar no aniversário da conta, o ideal é retirar o dinheiro assim que ele for liberado e investir.

O rendimento do FGTS é de 3% ao ano, somado ao lucro anual do fundo. Em 2018, o IPCA, índice que reflete o desempenho da inflação, ficou em 3,75%, o que significa que o rendimento do FGTS ficou abaixo da inflação. Nesse cenário, em longo prazo, deixar dinheiro no fundo fará com que ele perca poder de compra.

Considerando o valor de R$ 500 aplicados no FGTS, em 15 anos, temos R$ 778,98, rendimento que fica abaixo até da Poupança, que traria como retorno o valor de R$ 964,87 no mesmo período. Ao perder em rentabilidade para a Poupança, o FGTS fica abaixo do ativo menos interessante do mercado.

O Tesouro Selic

Uma alternativa de investimento conservador e seguro são os títulos públicos. O Tesouro Direto oferece três possibilidades: o Tesouro Selic, o Tesouro IPCA+ e o Tesouro prefixado. Existem diferenças entre eles, mas basicamente, o maior diferencial está na forma como se dá a rentabilidade.

O Tesouro IPCA+ acompanha o índice acrescido de uma porcentagem, rendendo sempre acima da inflação, enquanto o Tesouro Prefixado segue um percentual de rentabilidade previamente determinado. É necessário esperar a data de vencimento para que o investimento seja interessante nessas duas modalidades. Assim, o Tesouro Selic, que acompanha a taxa Selic, é mais indicado para o investidor que procura liquidez, ou seja, que pretende resgatar os resultados de seu investimento com rapidez.

Em termos de rentabilidade, o Tesouro Selic supera o FGTS e a Poupança. Investindo R$ 500 hoje nesse ativo, sem contar com o Imposto de Renda, o resultado final será R$ 1.160,24 em 15 anos.

CDB e LCI

Os CDBs são títulos privados emitidos por bancos. Quando alguém investe em CDB empresta dinheiro ao banco que posteriormente paga com juros.

Os CDBs prefixados têm rentabilidade próxima de 7,4%. Nessas condições, quando consideramos o investimento de R$ 500 por 15 anos, temos um resultado bruto de R$ 1.457,10, sem contar com Imposto de Renda.

Os CDBs se aproximam muito das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), porém, neste caso, os bancos aplicam o dinheiro dos investidores em soluções específicas do mercado imobiliário. Quanto aos resultados, a grande diferença é que as LCI geralmente têm rentabilidade mais baixa, apesar de serem isentas de Imposto de Renda. O mesmo vale para as Letras de Crédito do Agronegócio, conhecidas como LCA.

Fundos multimercado

Outra opção interessante é investir em fundos multimercado. Vale ressaltar que essa é uma boa alternativa para quem está disposto a correr mais riscos. Um fundo multimercado com rentabilidade de 120% do DI, oferece como resultado, ao final de 15 anos, o valor de R$ 1,517,04 para o investimento dos R$ 500.

Os números apresentados consideram apenas o investimento inicial de R$ 500. Entretanto, é possível fazer aportes recorrentes ou comprar novos títulos ao longo dos anos, o que dá ao investidor maiores possibilidades de retorno em longo prazo.

De qualquer forma, o mais importante é que o investidor não deixe o seu dinheiro parado na conta corrente nem recorra à Poupança, visto que que essa é a solução menos rentável pensando em longo prazo.

 



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