Política

Colaborador da transição de governo é alvo de PF e Receita


24/12/2018



 Começou como uma ação no apartamento do advogado Thiago Taborda Simões, em São Paulo, em novembro, em busca de provas sobre suposta atuação de uma quadrilha que teria dado prejuízo de R$ 500 milhões ao Fisco operando um esquema de fraude, sonegação e lavagem de dinheiro. Os policiais federais e fiscais da Receita que participaram da operação, batizada de Chiaroscuro, encontraram uma caixa com maconha e cocaína, além de um crachá de acesso ao local de trabalho da equipe de transição do governo Jair Bolsonaro, em Brasília, conta a Folha de São Paulo.

A suposta quadrilha, segundo os investigadores, funcionava através de um escritório de advocacia que atuava com empresas laranjas e reais. De acordo com a investigação, Simões virou alvo porque indicou um advogado envolvido no esquema a um cliente com problemas com a Receita e, em troca, teria recebido comissão por isso.

Formalmente, Simões não é da equipe de transição de Jair Bolsonaro, mas participou de reuniões com o grupo chefiado pelo futuro ministro da Economia Paulo Guedes. À Folha, o advogado admitiu, através de sua assessoria, que teve dois encontros com a equipe de Guedes como especialista convidado em assuntos tributários.

“Ex-conselheiro do Carf (Conselho Administrativo da Receita Federal), órgão administrativo que julga processos em segunda instância na Receita, Simões é ligado aos irmãos Abraham e Arthur Weintraub, integrantes da equipe de transição na área econômica. Um episódio recente ilustra a proximidade do advogado com os irmãos. Foi a Simões que Arthur Weintraub recorreu quando decidiu processar por dano moral uma aluna sua da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que o acusou de ser ‘mau caráter’, conta a Folha.

Brasil 247



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //