Política

Azevêdo nega proximidade com Cartaxo e diz que decisão pela liberação do Parque Sanhauá foi “puramente técnica”

Governador diz que decisão pela revogação de embargo do Iphaep buscou evitar prejuízo à cidade.


04/06/2019

Governador em entrevista à TV Master

Por Ângelo Medeiros / Portal WSCOM

O governador João Azevêdo (PSB) negou qualquer tipo de proximidade política com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), tampouco que conversou com alguém da Prefeitura Municipal antes de determinar a anulação do embargo do Instituto de Patrimônio Histórico da Paraíba (Iphaep), referente as obras do Parque Ecológico Sanhauá. Em entrevista ao programa Conexão Master, da TV Master, na noite desta segunda-feira (4), o Chefe do Executivo Estadual afirmou que a decisão pela questão foi “puramente técnica”, baseada em termos do próprio Iphaep, e com o intuito de evitar prejuízos à cidade.

João Azevêdo afirmou que buscou informações junto ao Iphaep logo após tomar conhecimento do embargo à obra, na última sexta-feira (31). “As informações deixaram claro que existem dois caminhos a seguir. Fiz uma avaliação enquanto gestão, e constatei que o embargo daquela obra traria mais prejuízo a sociedade de João Pessoa”, justificou.

BOM SENSO

Apesar da decisão, o governador afirmou que o embargo do Iphaep estava correto, pois, trata-se de obra sendo realizada no Centro Histórico de João Pessoa. Segundo ele, a decisão de anular o embargo não significa que a Prefeitura poderá promover a obra sem licenciamento do Instituto Estadual, que abriu novo prazo de 20 dias para regularização da situação em definitivo.

“A partir do momento que identifiquei que existia uma liberação do Iphan [Instituto do Patrimônio Histório Nacional] ao projeto e que a Prefeitura tinha encaminhado, mesmo que parceladamente, as informações solicitadas pelo Iphaep, a paralisação de uma obra como aquela traria muito mais prejuízos do que benefícios para a sociedade. Até porque pequenas questões que viriam a aparecer poderiam ser corrigidas ao longo da obra. Portanto, foi apenas uma questão de bom senso”, frisou.

DECISÃO TÉCNICA

Por fim, o governador negou que a decisão signifique uma aproximação política com o prefeito Luciano Cartaxo. “Foi uma decisão puramente técnica, não conversei com ninguém da Prefeitura, não houve essa intenção. Me informei sobre e tomei uma decisão com base no relatório do próprio Iphaep”, disse.

“A paralisação poderia trazer muito mais prejuízo do que benefício. Todas as vezes que precisar agir dessa forma, agirei. Isso não libera a Prefeitura de ter o licenciamento do Iphaep, vai ter que ter. O Iphaep vai terminar a sua análise. E isso precisa ser feito. Com isso, ganha a cidade e eu não estou preocupado com isso não”, complementou.

 

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