Política

Anestesiologistas suspendem cirurgias no Pedro I por falta de pagamento do Governo Romero; secretaria aponta dificuldades 


11/06/2019

 Os médicos anestesiologistas do Hospital Pedro I, em Campina Grande, irão suspender as cirurgias eletivas a partir do próximo dia 14 de junho. O motivo seria a falta de pagamento referente a um contrato de prestação de serviço dos médicos com a Secretaria de Saúde de Campina Grande.

 A informação foi confirmada à reportagem do Portal WSCOM pelo presidente da Cooperativa Campinense de Anestesiologistas  – Cocan, Carlos Roberto de Souza Oliveira. O setor jurídico da Cocan, no entanto, não atendeu às ligações para detalhar a situação.

De acordo com o comunicado feito à Promotora de Justiça Adriana Amorin Lacerda, o contrato de prestação de serviço firmado ente a Cocan e o Hospital Pedro I, que é administrado pela Prefeitura, prevê como data de pagamento dos salários desses profissionais o dia 10 do mês subsequente ao trabalhado, mas esse atraso já dura três meses.

Os médicos informam que somente retomarão as cirurgias quando o contrato for honrado pela Prefeitura e que o atendimento naquela unidade só se dará em casos de urgência. 

Veja o ofício encaminhado à Promotora:

Secretaria de Saúde aponta dificuldades, mas garante pagamento de anestesistas do Hospital Pedro I

Através de nota encaminhada ao WSCOM, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande afirmou que tem tido dificuldades devido à falta de repasse do Ministério da Saúde, mas que irá solucionar os débitos para impedir a paralisação das cirurgias no Pedro I.

Leia:

‘A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande informa que, apesar do atraso de repasses financeiros do Ministério da Saúde, está solucionando os débitos com a COCAN – Cooperativa Campinense de Anestesiologistas para evitar a suspensão das atividades dos profissionais da cooperativa que atuam na realização de cirurgias eletivas no Hospital Municipal Pedro I.

O último repasse feito pelo Ministério da Saúde para o custeio das cirurgias eletivas na rede municipal de saúde de Campina Grande foi feito em fevereiro deste ano, referente à competência de novembro de 2018. Ou seja, há mais de seis meses a Prefeitura vem arcando o custeio das cirurgias eletivas no Hospital Pedro I com recursos próprios. Por conta disso, a Secretaria de Saúde vem encontrando dificuldades para manter os pagamentos da COCAN atualizados.

Desde que foi municipalizado, em 2013, o Hospital Pedro I já realizou mais de dez mil cirurgias. Somente no ano passado foram mais de 1.766 procedimentos feitos na unidade, em diversas especialidades médicas, como ginecologia, vascular, cirurgia geral, otorrino, neurologia e mastologia. Também em 2018, a Prefeitura reformou o centro cirúrgico do hospital para garantir mais qualidade no atendimento aos pacientes.’

Portal WSCOM



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