Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

2018: Ricardo elenca série de Obras históricas, mas sua maior Herança é novo Conceito de governar


23/12/2019

O governador Ricardo Coutinho ocupou nesta quinta-feira na sua trajetória política o espaço nobre de prestar contas de sua gestão nos últimos 7 anos à frente do Governo concluindo assim sua performance de chefe do executivo do Estado na abertura dos trabalhos na Assembléia Legislativa em 2018. É a última vez nesta fase que ele se apresenta fechando um ciclo com efeitos reais no contexto sócio – econômico do Estado.

O discurso do governador em 40 laudas teve característica de despedidas no qual foi minucioso apontando uma lista e/ou série expressiva de Obras estruturantes e serviços diferenciados no exercício da gestão como não existira antes no volume e saldo das ações apresentadas.

Aliás, não se trata de avaliação a esmo deste saldo posto que é fruto de comparação efetiva desta fase com as demais, de 2009 para trás. Certamente, que os adversários se irritam com este saldo, mas contra fatos não há argumentos, pois sem dúvidas ele se consolidou como mais operoso dos gestores estaduais dos últimos anos.

A BUSCA DO SENTIDO FILOSÓFICO DE GOVERNAR

Ricardo Coutinho foi buscar no pensamento do filósofo espanhol José Ortega Y Gasser em sua obra “Meditações do Quixote” quando trata da centralidade do Humanismo inspirado em fase de pré Guerra na Europa, talvez vendo mesmo clima no Brasil atual quando ele aborda a sua existência de hoje frente à circunstância.

O filósofo usou textualmente: “Eu sou eu e a minha circunstância. E, se não salvo, não salvo a mim mesmo”.
Ao que parece, ele tratou deste conceito tomando por base a circunstância contemporânea quando aponta a realidade conceitual das conquistas, mas que para serem mantidas depende muito mais do que o Eu a exigir ser substituído pelo Nós – por isso apela para a consciência popular com vistas a manter o projeto de Gestão na fase PÓS Girassol.

A COMPARAÇÃO DE PROJETOS POLITICOS: ATUAL E ANTES

Na essência, o que o governador não disse diretamente, não nominou personagens da Politica dos últimos anos, é que ele considera fundamental comparar formas, atitudes e projetos em torno dele e dos demais lideres- aqui me refiro a José Maranhão, Cassio Cunha Lima e Luciano Cartaxo. O objetivo do discurso conceitual foi exatamente este.

– Esta minha insistência em reafirmar conceitos afinal já conhecidos de todos nós tem a pretensão de estimular nossa sensibilidade política e moral para a delicadeza, a gravidade e a importância deste momento. Tanto para a Paraíba quanto para o Brasil. O tempo é de tensões, de ódios, de rupturas da ordem democrática, de retrocessos, mentiras (agora também chamadas de pós-verdades) – disse ele.

Na prática, para concluir, o governador quer exatamente este confronto de projetos, ideais e postura político- ideológica buscando assim gerar o envolvimento consciente do eleitorado em todos os quadrantes.

NO FRIGIR DOS OVOS, CELSO FURTADO POR PERTO

Ricardo buscou longe as referências filosóficas, mas bem perto dele um paraibano universal, reconhecido internacionalmente, foi o primeiro pensador de nome Celso Furtado a discutir o subdesenvolvimento e a necessidade da redução das desigualdades, ou seja, o Estado a favor da maioria.

Aliás, os ideais de Celso sobre o desenvolvimento e o subdesenvolvimento enfatizavam o papel do Estado na economia, com a adoção de um modelo de desenvolvimento econômico de corte pré-keynesiano tem muito a ver com os passos dados pelpo governador.
Na prática, a tese do Estado mínimo só serve mesmo para discurso neo-liberal use não aceita e de irrita com as Políticas voltadas para os que mais precisam sem ignorar as demais camadas sociais. Teses à parte, Ricardo conduz um novo Ciclo de Gestão com fortes resultados e, neste caso, ele tem razão em lembrar o filósofo espanhol.

Tenho dito.


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